Atualidades é um conteúdo muito importante nas provas dos vestibulares. Saber o que acontece no mundo atual e o contexto histórico de cada acontecimento pode te ajudar -e muito- nas provas... Já foi comprovado que provas como ENEM cobram muito de seus paraticipantes a contextualização e a relação de conteúdos, por isso as questões são chamadas de contextualizadas, pois cobra muito a relação de passado com o presente e as mudanças causadas.
Por isso, estude bem Atualidades e pesquise muito para se dar bem...
Abaixo vamos deixar os principais acontecimentos desse ano (2013) e o contexto histórico de cada um.
BONS ESTUDOS!!!
21/12/2012 - ECONOMIA EM MARCHA LENTA
Em um ano de crescimento em ritmo lento, o Brasil perdeu para o Reino Unido o sexto lugar no ranking das maiores economias do mundo. O desaquecimento da economia brasileira é resultado da crise internacional, que afetou os Estados Unidos e a União Europeia.
Nas últimas décadas, a estabilidade econômica fez com que o Brasil fosse um dos países que mais subissem no ranking das maiores economias mundiais. Em meio à crise que atingiu as nações europeias, o país ultrapassou a Itália e se tornou a sétima maior economia em 2010. No final do ano passado, superou o Reino Unido e assumiu a 6a posição do ranking, liderado por Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.
Este ano, porém, a queda do PIB (Produto Interno Bruto) e a desvalorização do real perante o dólar causaram a queda de colocação. Segundo a Economist Intelligence Unit (EIU), que elabora a lista, somente em 2016 o Brasil poderá reassumir o posto ocupado pelos britânicos, em razão, principalmente, da taxa de câmbio.
Isso acontece porque o levantamento é feito com base no PIB nominal – a soma de todas as riquezas de um país – convertido em dólar. O real tem hoje uma desvalorização aproximada de 12% em relação ao dólar, enquanto a libra esterlina (moeda inglesa), atingiu uma valorização de quase 4%.
A desaceleração da economia foi outro fator preponderante para o rebaixamento. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontaram, em novembro, um aumento de apenas 0,6% da economia brasileira no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período no ano anterior.
O fraco desempenho fez com que o mercado revisse as projeções iniciais de crescimento de 4,5% para somente 1,2% este ano, índice inferior ao de muitos países europeus em crise e abaixo da média de 3,1% estimada para a América Latina.
Tal situação foi provocada pela recessão na Europa e desaceleração econômica nos Estados Unidos e na China, cujos efeitos atingiram o setor de produção e os investimentos na indústria brasileira.
Nos países desenvolvidos, a crise gera desemprego, reduz o consumo e diminui o valor de commodities (produtos em estado bruto, como café e petróleo), o que gera impactos nas exportações brasileiras e na produção nacional. Os investimentos, por sua vez, também são reduzidos, pois esses países em dificuldades financeiras precisam redirecionar recursos para cobrir os prejuízos nas contas domésticas.
Para 2013, o Governo Federal e o Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) projetam um crescimento econômico de 4%, enquanto analistas do mercado financeiro, mais cautelosos, apontam 3,4%. Mas isso dependerá da melhoria na economia internacional.
Zona do Euro
As expectativas para a economia mundial em 2013, no entanto, não são das melhores. A Europa e os Estados Unidos devem continuar em lenta recuperação de suas finanças, segundo analistas.
Em 2012, a Zona do Euro, formada por 17 países que adotaram a moeda única, entrou oficialmente em recessão econômica. Este termo significa que houve uma retração na atividade econômica, com queda na produção, maiores taxas de desemprego e perda do poder aquisitivo da classe média.
Há um consenso de que uma economia entra em recessão após dois trimestres seguidos de redução no PIB. Foi o que aconteceu na Europa, que registrou no terceiro trimestre deste ano uma queda de 0,1%, seguindo a tendência do segundo trimestre, que apresentou contração de 0,2% na economia.
A recessão na Zona do Euro foi causada pela crise das dívidas públicas. Os gastos públicos dos países europeus, que já eram altos antes da crise de 2008, tornaram-se insustentáveis quando os governos tiveram que “injetar” trilhões de dólares no mercado para evitar a falência dos bancos.
Depois, para equilibrar as contas, tiveram que apelar para pacotes econômicos que incluíram o corte de benefícios sociais e aumento de impostos. As indústrias tiveram que demitir, aumentando o número de desempregados.
Agora, se as contas não forem balanceadas, a dívida pública de metade dos 27 países que compõem a União Europeia (UE) será o correspondente a 60% do PIB dessas nações em 2014, segundo um relatório divulgado recentemente por especialistas da Comissão Europeia.
Emergentes
Já nos Estados Unidos, que ainda sentem o efeito da crise, democratas e republicanos tentam chegar a um acordo para evitar o abismo fiscal no primeiro dia de 2013. Abismo fiscal é uma série de medidas previstas, como cortes de gastos e de tributos, que, caso sejam efetivadas, podem levar o país a um novo período de recessão.
Nesse cenário global, os chamados emergentes, que ganharam destaque ao continuarem crescendo em meio à crise de 2008, agora também passam por dificuldades. É o caso, além do Brasil, da China, que terá em 2012 o pior desempenho em três anos – aumento de 7,4% no PIB, a metade de três décadas atrás, mas ainda excepcional se comparado ao de outros países.
Entender essas mudanças na economia mundial é importante porque elas influenciam movimentos políticos que, por sua vez, geram transformações sociais.
Fique Ligado
Por trás dos problemas econômicos que afligem o Brasil, está em primeiro lugar a crise europeia que foi o epicentro da crise econômica no mundo ao longo de 2012. Mas, para entender as questões, é bom ter em mente o que é o capitalismo financeiro e conhecer a crise de 1929, que é a maior referência histórica quando se pensa nas crises atuais.
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Direto ao ponto
O Brasil perdeu para o Reino Unido o sexto lugar no ranking das maiores economias do mundo. O rebaixamento foi causado pela desvalorização do real e pela desaceleração da economia brasileira.
O mercado estima que o PIB brasileiro crescerá somente 1,2% este ano, índice menor que muitos países europeus em crise e abaixo da média de 3,1% estimada para a América Latina.
Essa situação foi provocada pela recessão na Europa e desaceleração econômica nos Estados Unidos e na China, cujos efeitos atingiram o setor de produção e os investimentos na indústria brasileira.
Em 2012, a Zona do Euro, formada por 17 países que adotaram a moeda única, entrou oficialmente em recessão econômica. Os Estados Unidos correm o mesmo risco, caso não resolvam o problema do abismo fiscal.
Nesse contexto global, os emergentes, que ganharam destaque em meio à crise de 2008, agora também passam por dificuldades. A China, por exemplo, terá em 2012 o pior desempenho em três anos. |
CRISE EUROPEIA
Há dez anos, em 1o de janeiro de 2002, entrou oficialmente em circulação o euro, a moeda única corrente em países que compõem a União Europeia (UE). Na época, o lastro monetário simbolizava a integração do continente que, no século 20, enfrentou duas guerras mundiais e uma divisão ideológica que quase provocou uma terceira. Hoje, porém, o euro é sinônimo de incertezas, numa crise que ameaça a futuro da segunda maior economia do planeta.
A Eurozona é composta por 17 dos 27 Estados-membros da União Europeia:Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia,Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal. Na ocasião em que o euro foi instituído, Dinamarca, Suécia e Reino Unido optaram por não aderir ao projeto e mantiveram suas moedas locais.
O euro é usado diariamente por 332 milhões de europeus. A moeda também é a segunda maior reserva monetária internacional e a segunda maior comercial, atrás somente do dólar americano.
Apesar disso, a Europa enfrenta desde 2009 uma crise de débitos que ameaça a estabilidade do bloco, obrigando os governos a fazer reformas impopulares. Em 2012, o desafio dos líderes europeus será manter todos os países integrantes da Zona do Euro, de modo a impedir o enfraquecimento da aliança.
Desde 1999, a moeda que passou a ser usada pelos europeus há uma década já era corrente entre os mercados financeiros. Nesse ano, os governos aboliram moedas locais como o marco alemão, a lira italiana, a peseta espanhola e o franco (belga e francês) nas transações comerciais entre países. O objetivo era unir mais as nações, em um bloco com maior representação política, e gerar mais desenvolvimento econômico, pois o sistema monetário integrado facilitaria o comércio e os negócios entre os países.
Nos primeiros anos, tudo caminhava bem e os europeus estavam entusiasmados com a novidade. E, mesmo não correspondendo às projeções mais otimistas, houve crescimento de até 15% na economia da UE. Outro benefício da adoção da moeda única foi o controle da inflação, que em média não ultrapassa os 2%. Empresas também pouparam dinheiro com os custos de transações cambiais – somente na indústria automobilística, a economia chegaria a 500 milhões de euros por ano.
Grécia
Os problemas começaram com a crise econômica de 2008, que atingiu o “calcanhar de Aquiles” da Zona do Euro. Em uma década de moeda única, não houve uma política fiscal comum que regulasse o mercado, deixando o sistema exposto a especulações de alto risco e endividamento desmedido dos Estados.
O colapso iniciou-se na Grécia, berço da democracia ocidental. O país gastou muito além do que seu orçamento permitia em programas sociais, na folha de pagamento dos servidores públicos, em pensões e outros benefícios. Para pagar as contas, o Estado adquiriu empréstimos junto a instituições bancárias.
A dívida pública grega atingiu 124,9% do PIB (Produto Interno Bruto), mais do que o dobro permitido na Eurozona (60%). O déficit no orçamento, isto é, a diferença de quanto o país gasta e quanto arrecada, correspondia a 13,6% do PIB grego em 2009, índice mais de quatro vezes a porcentagem tolerada de 3%.
A crise atingiu outros países da Zona do Euro, que também estão em condições fiscais debilitadas, como Irlanda (déficit de 14,3% do PIB), Espanha (11,2%) e Portugal (9,4%). Os déficits orçamentários desses governos, que tiveram de socorrer a economia injetando recursos públicos durante a crise e sofreram queda de receitas, são os piores desde o período da Segunda Guerra Mundial.
Além disso, a ameaça de anunciarem “calotes” em suas dívidas causou desconfiança nos mercados. Como consequência, tornou-se mais difícil para empresas e governos refinanciarem suas dívidas, aprofundando a recessão no bloco. Em 2010, no auge da crise, o euro acumulou perdas de 14% perante o dólar.
Os Estados enfrentaram a situação com programas e pacotes de estímulo ao mercado. Entre as medidas, algumas impopulares, como aumento dos impostos e corte em programas sociais, que afetaram o modelo de justiça social do capitalismo europeu.
Política
Atingida no bolso, a população reagiu com protestos em toda a Europa, alguns mais organizados, como o movimento dos “Indignados” na Espanha. Na esteira da crise, nove presidentes e primeiros-ministros foram destituídos do cargo, entre eles o premiê grego George Papandreou e o italiano Silvio Berlusconi.
No plano político, a Europa parece também ter regredido. A insatisfação com a economia fez também ressurgir partidos de direita e grupos de extrema direita, aprofundando divisões ideológicas. Ainda que compartilhem moeda, bandeira e instituições em comum, cisões entre governos mostram que falta unidade política aos europeus, pondo em risco o plano de integração.
A despeito de todos os problemas, o risco do fim do euro é mínimo, pois os prejuízos seriam compartilhados por todos. Se a moeda fosse abolida, poderia haver uma valorização muito grande de moedas nacionais fortes como o marco alemão. Isso prejudicaria as exportações da Alemanha, gerando desemprego em massa no país. Mesmo a saída de algum membro, como a Grécia, é algo que se tenta evitar a todo o custo, pois afetaria a estabilidade do bloco.
Direto ao ponto
Há dez anos, em 1º de janeiro de 2002, entrou oficialmente em circulação o euro, a moeda única corrente em países que compõem a União Europeia (UE). O lastro monetário simbolizava a integração do continente que, no século 20, enfrentou duas guerras mundiais e uma divisão ideológica que quase provocou uma terceira.
A Eurozona é composta por 17 dos 27 Estados-membros da UE: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal. A moeda é usada diariamente por 332 milhões de europeus. O euro também é a segunda maior reserva monetária internacional e a segunda maior comercial, atrás somente do dólar americano.
A moeda que passou a ser usada pelos europeus, há uma década já era corrente entre os mercados financeiros desde 1999. Nesse ano, os governos aboliram moedas locais nas transações comerciais entre países. O objetivo era unir mais as nações e gerar mais desenvolvimento econômico.
Apesar disso, a Europa enfrenta desde 2009 uma crise de débito que ameaça a estabilidade do bloco, obrigando os governos a fazerem reformas impopulares que já derrubaram nove líderes político nos últimos três anos. Em países como Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda, a dívida pública e o déficit no orçamento ultrapassam em muito os limites estabelecidos para a Eurozona. |
11/01/2013 - ÁFRICA: CONFLITOS ARMADOS
A França iniciou no dia 11 de janeiro uma intervenção militar em Mali, na África, para deter o avanço de rebeldes islâmicos, que já controlam parte do país africano. Mali é uma antiga colônia francesa e um dos países mais pobres do mundo, com metade da população de 12 milhões de habitantes vivendo abaixo da linha de pobreza.
Em março do ano passado, grupos ligados à rede terrorista Al Qaeda iniciaram um levante, após um golpe de Estado que derrubou o governo local. Eles conquistaram a região norte do país, localizada no meio do deserto do Saara, e ameaçavam chegar à capital, Bamako.
O governo do socialista François Hollande justificou a operação com o risco de Mali se tornar um foco de grupos terroristas, como o Afeganistão, nação asiática ocupada há 11 anos pelos Estados Unidos.
A França mantém relações comerciais na região e, atualmente, possui oito cidadãos reféns dos insurgentes de Mali. A Europa teme ataques terroristas em represália à invasão francesa. Já a ONU estima que 4,2 milhões de malianos imigrarão por causa dos combates e, desta forma, precisarão de ajuda humanitária.
O roteiro da guerra civil em Mali é o mesmo de todos os conflitos na África nas últimas décadas: um país pobre sofre um golpe militar, que resulta em lutas sangrentas e população massacrada pela fome. O único elemento novo nessa trama é a atuação de radicais islâmicos, que assumiram o lugar das guerrilhas comunistas nos tempos da Guerra Fria.
A África é o segundo maior e mais populoso continente do mundo. É também o continente com maior número de conflitos duradouros em todo o planeta, de acordo com a ONU. De um total de 54 países que compõem a África, 24 encontram-se atualmente em guerra civil ou em conflitos armados, de acordo com um levantamento do site Wars in the World.
As batalhas mais devastadoras ocorrem, hoje, em Ruanda, Somália, Mali, República Centro-africana, Darfur, Congo, Líbia, Nigéria, Somalilândia e Puntlândia (Estados declarados independentes da Somália em, respectivamente, 1991 e 1998). Esses combates envolvem 111 milícias, guerrilhas, grupos separatistas ou facções criminosas.
Os países em guerra ficam na chamada África Subsaariana, que compreende os territórios que não fazem parte da África do Norte e do Oriente Médio. A região é caracterizada pela pobreza, instabilidade política, economia precária, epidemias, baixos indicativos sociais e constantes embates entre governos e rebeldes.
São disputas que, neste século 21, carecem de contornos ideológicos ou claras motivações sociais e políticas. Distinguem-se, portanto, do movimento popular da Primavera Árabe.
Genocídios
No final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), movimentos nacionalistas e anticolonialistas travaram guerras para conquistar a independência das nações africanas. Nos anos 1970 e 1980, sucessivos golpes militares e disputas étnicas impediram a continuidade política e, consequentemente, o desenvolvimento da região.
De modo geral, as guerras africanas não são guerras entre países, mas conflitos internos. Eles têm como principais causas a falência do Estado, batalhas pelo controle do governo e a luta por autonomia de grupos étnicos.
O que mais chama atenção, contudo, é a brutalidade dessas disputas, sobretudo aquelas travadas após os anos 1990. Genocídios, massacres, estupros em massa, exército de crianças e extermínio de comunidades inteiras com facões e machados compõem a barbárie. A fome é outro instrumento usado pelas facções, que destroem as plantações e expulsam populações de seus lares.
Diferente das guerras no século 20, os atuais conflitos africanos matam, em 90% dos casos, civis, não militares.
A Segunda Guerra do Congo é considerada o conflito armado mais letal desde a Segunda Guerra Mundial. Em 2008, 5,4 milhões de pessoas foram mortas, a maioria de fome. Ruanda foi palco de um dos maiores genocídios da história do continente. Em apenas cem dias, entre os meses de abril e junho de 1994, 800 mil pessoas foram mortas no país, a maioria da etnia tutsi.
Em Darfur, desde 2003 os conflitos deixaram cerca de 400 mil mortos, segundo estimativas de ONGs, e 2,7 milhões de refugiados, gerando uma das piores crises humanitárias deste século.
Refugiados
Outra consequência dos conflitos é a expulsão de milhares de pessoas para campos de refugiados. Isso provoca, por sua vez, uma crise humanitária, com a proliferação de doenças e a fome que dizimam a população.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, na sigla em inglês) calcula em 43,3 milhões o número de pessoas expulsas de seus países, em todo o mundo, sendo que 15,2 milhões delas têm o status de refugiados. Afeganistão e Iraque, países ocupados pelas forças americanas no começo deste século, possuem o maior número de refugiados, seguidos de Somália e Congo. O maior campo de refugiados no mundo fica no Quênia, com 292 mil pessoas.
Mesmo com a ajuda humanitária, os países em guerra não conseguem se reconstruir. Ao final dos combates, a pouca infraestrutura existente e serviços foram devastados, atrasando ainda mais o progresso econômico. Teme-se que a guerra em Mali componha a mesma narrativa.
Fique Ligado
Em primeiro lugar, vale a pena conhecer o contexto africano sob o ponto de vista da geografia humana para situar o conflito, que ee um dos muitos que afligem a África. Em segundo lugar, não esquecer que por trás da situação em Mali está o terrorismo islâmico e a Al Qaeda, um tema que, infelizmente, tem sido sempre atual. Finalmente, como a História da África é uma disciplina que ganha importância nos currículos brasileiros, não se pode deixar de lembrar de um período em que Mali foi o que se chamaria hoje de um país emergente.
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Direto ao ponto
A França iniciou no dia 11 de janeiro uma intervenção militar em Mali, país africano dividido por uma luta entre forças militares e rebeldes islâmicos. Mali é uma ex-colônia francesa e um dos países mais pobres do mundo.
Em março de 2012, grupos ligados à rede terrorista Al Qaeda iniciaram um levante e dominaram o norte do país. Com o risco de Mali se tornar um novo Afeganistão, país muçulmano ocupado há 11 anos pelos Estados Unidos, o governo francês decidiu enviar tropas.
O roteiro da guerra civil em Mali é o mesmo de todos os conflitos na África nas últimas décadas. Golpes de Estado, guerra civil, massacres e milhões de pessoas expulsas de suas casas, gerando crises humanitárias. O único elemento novo nessa trama é a atuação de radicais islâmicos, que assumiram o lugar das guerrilhas comunistas no tempo da Guerra Fria.
Atualmente, 24 dos 54 países do continente africano se encontram em guerra civil ou conflitos armados, de acordo com um levantamento do site Wars in the World. Eles localizam-se, em sua maioria, na África Subsaariana, uma das regiões mais carentes do planeta. Essas guerras matam, em 90% dos casos, civis. Os maiores massacres ocorreram no Congo, em Ruanda e Darfur. |